terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Humilhada é como me sinto... hoje!


Se eu hoje pudesse
Juro que me batia
Tanto mas tanto
Até ficar bem machucada
Para que nunca mais me esquecesse
De como tenho sido humilhada

Há alturas na vida
E hoje é um desses dias
Em que apenas queria sumir
Sumir para bem longe
Ou então apenas dormir

Dormir mas sem sonhar
Dormir mas sem sentir
Dormir mas sem sequer saber
Onde estava ou o que faria
Sumir, fugir, desaparecer


Ai se eu hoje pudesse
Voltar um tempinho atrás
De certeza não faria
Ou pelo menos evitaria
Aquilo que hoje tanto mal me faz

Nunca me arrependi de nada
Do que até hoje fiz
Mas neste momento se pudesse
Voltaria atrás até mesmo ao dia
Em que parti o nariz

Se nesse dia a dor foi muita
Muito mais é ela agora
Do nariz pude curar-me
Da mágoa que me sufoca
Duvido que algum dia vá embora

Mas também há-de chegar o tempo
Em que eu direi simplesmente
Aprendi da pior maneira
Mas também me tornei gente

Gente triste é verdade
Magoada e bem sofrida
Mas consegui sobreviver
A esta amargura de vida!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Diferente...


Hoje sinto-me
Uma pessoa diferente
Não aquela que eu sou
Não aquela que eu queria ser
Diferente
Ausente
Inconstante
Carente
Aérea
DIFERENTE!!!

O meu coração dói
A minha cabeça estoira
O meu corpo vacila
Tremo
Sinto-me esquisita
Tudo em mim é novidade
Tudo em mim está diferente
Até o meu pensar!

Não me conheço
Que me aconteceu
Será a vida?
Será a dor?
Será o caminho?
Ou será esta flor
Que eu voltei a descobrir?!

Diferente é como me sinto
Diferente é como eu estou
Diferente era o que eu não queria
Sentir-me ou até ficar
Gostava de ser a “menina”
Pacata
Por vezes sonhadora
Romântica
Que sempre sofre por amor
Mas que apesar de tudo
Consegue camuflar a dor!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Hoje apenas queria... conseguir chorar!


Hoje não me apetece
Rir
Sorrir
Ou falar
Por vezes me lembra apenas
Aquela vontade de chorar

Hoje não me apetece
Mexer
Correr
Ou caminhar
Apenas queria poder
Ficar, ficar e ficar.

Hoje não me apetece
Escrever
Ler
Ou até comentar
Apenas me apetece
Andar por aqui a deambular.

Hoje não me apetece
Sentir o meu coração
Apenas me apetecia
Sentir a tua atenção

Hoje continuo triste
Por tudo o que tanto dói
Nem me apetece sonhar
Com o que longe já foi

Hoje não me apetece…
Apenas queria… conseguir chorar!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Quero viver sem medo


Quero ver o sol através das nuvens
Poder voar na imensidão
Poder saltar por entre as escarpas
De um céu azul nesta escuridão

Quero poder correr livremente
Rir e saltar sem razão
Viver por entre a corrente
E experimentar essa sensação

Quer ser feliz e jovial
Viver sem qualquer temor
Sem ninguém a me julgar
Quero com isto dizer
Que a vida nem sempre nos mostra
A melhor maneira de viver!

Quero deixar bem alto a minha dor
E a minha tristeza no sofrer
Quero ser tempo, vento, mar
Correr, viver e saltar
Por entre nuvens e arvoredos
Quero continuar a escalar
Todos os dias sem duvidar
E sem ter anseios ou medos!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Grito pelas ruas da vila




Revolta
Tristeza
Denuncia
Raiva
Agonia
Miséria
Fome
Guerra
Inferno
Desespero
Arrogância
Crueldade
São palavras de muita dor
Que transformam este mundo
Numa vida sem amor

Se todo o mundo pensasse
Que todos merecem viver
Não haveria guerras
Evitando todo o sofrer


Paz
Alegria
Saúde
Felicidade
Riso
Brincadeira
Pão
Harmonia
Tranquilidade
Palavras que expressam Paz
Algo que todos merecemos
E que pouca gente faz!


Foi este o grande motivo
Que nos levou a percorrer
Todas as ruas da vila
Sem nunca esmorecer

Agora só nos resta pedir
Que alguém nos tenha ouvido
E leve as nossas palavras
Até onde façam sentido!


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Penso, logo desisto!

“Penso, logo existo”
Mas, para mim
Não será mais:
Penso, logo desisto?!

Desisto de viver
Desisto de caminhar
Desisto de sofrer
E até de falar

Desisto de ser gente
Desisto de mim com certeza
Porque para viver também
Será preciso beleza

Beleza na reacção
Beleza no bem-estar
Beleza no bem-querer
E até no bem amar

Mas as pessoas como eu
Que vivem sem viver
Apenas sentem vontade
De fugir sem sobreviver

Se viver já é difícil
Bem mais difícil será então
Sobreviver sem vontade
Num mundo de desilusão

E enquanto o tempo passa
E nós por aqui caminhamos
Deixamo-nos levar pelo vento
Mesmo sem saber onde estamos

Aqui paramos ali sofremos
Aqui moramos ali morremos
Morrendo lentamente estamos
Quem nunca o amor conhecemos

Nesta vida amarga e triste
Em que tudo me aborrece
Penso por vezes desistir
Mas nem isso me apetece

Prefiro deixar-me ir
Prefiro voar com o vento
Fugir para onde me levar
Deixar-me ir e ir sem ir
Sem sequer querer pensar

E nas asas desse vento
Que me leva e me afasta
De tudo o que nesta vida
Me faz sofrer e me arrasta
Para uma vida de desgraça

E quando eu já não puder
Falar, pensar ou sentir
Quero que me deixem ficar
Numa duna de areia branca
Donde eu possa ver o mar


Talvez então nesse momento
Eu possa enfim sentir
Que valeu a pena viver
Uma vida sem sentido
E sempre sempre a sofrer!

domingo, 1 de novembro de 2009

O teu efeito em mim

Acordei e neste estado de quase nostalgia misturada com sonolência penso em ti e no que eu daria para estar contigo neste momento, nesta hora, nesta data, em qualquer lugar do mundo, pois o lugar simplesmente não interessa porque apenas me importa a companhia… a tua…
Aquela mão estendida que eu preciso, que eu tanto desejo sentir… aquele toque que me provoca calafrios e me faz sonhar… viver, sorrir e… amar.
Mas tu não estás… provavelmente, nem irás estar nunca…
Então, a tristeza desce, uma mágoa surge, uma dor vem crescendo no meu peito e eu… penso em ti!!! Sempre!...
Continuo a desejar sonhar, sim… embora o tempo teime em lembrar-me que não!!!
A dor aperta, torna-se forte, quase me sufoca, quase me impede de respirar… mas … eu continuo a pensar, a sonhar e a… amar-te!!! Será?!

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