domingo, 14 de novembro de 2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tem dias assim!



Hoje acordei triste, meio desiludida, meio zonza!
Há dias assim, é verdade, mas eu que até andava tão bem… e até pensava que já estava acima de qualquer dorzita deste tipo, dou comigo, de novo, com uma dorzinha, muito fininha, na barriga e aquele aperto no peito que nos faz sentir que, afinal, ainda não dominamos bem a situação.
Engano nosso… pensamos que já pouca coisa nos consegue afectar desta maneira e, afinal, ainda nos dói profundamente.
Bem… há dias assim!

“De pé, estica a barriga, encolhe o peito, cabeça erguida e… para a frente é que é o caminho!!!”

segunda-feira, 3 de maio de 2010

À MINHA MÃE


Mãe,
Tu que me embalaste
Quando desse embalo precisei
Tu que me amamentaste
Quando desse alimento necessitei
Tu que me amparaste
Quando a primeira queda dei
Tu que comigo choraste
Quando a primeira desilusão apanhei
Mãe, tu não foste perfeita
Mas eu também não o serei!


Mãe,
Só agora te entendo
Só agora sei
O quão difícil é ser mãe
O quão difícil é ter em mão
Aqueles que nos escolheram
E que connosco vieram
Para o caminho continuar
Em busca da evolução.


Mãe,
Perdoa quando te desobedeci
Perdoa quando te aborreci
E até quando contigo refilei
Perdoa mãe!
E, antes que tarde seja
Antes que o tempo passe
E eu não tenha tempo
Quero dizer-te: AMO-TE, MÃE
Foste, és e sempre serás
A MELHOR MÃE DO MUNDO!



sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tem dias... em que queria ser um anjo.



Tem dias,

Em que eu quereria tanto

Ser um ser invisível

Não tendo de respeitar

Nem densidade

Nem barreiras

Nem distancias

Nem alturas

Apenas ser… um anjo.



Daqueles que eu acredito

Que existem

E que sempre estão

Pertinho de nós

Nos afagam

Nos amparam

Nos ajudam

Nos estendem a mão

E nos dizem assim

“Estou aqui a velar por ti.”

Ah, como eu gostava!



Queria tanto

Velar-te na dor

Amparar-te com amor

Vigiar o teu sono

De sorriso no rosto

E olhar doce

Muito doce

Tão doce quanto doce

É o que no meu coração

Acontece em relação a ti.



Não precisaria te procurar

Onde sei que te não encontro

Não precisaria de te imaginar

Onde não te posso ver

Não precisaria pressentir

Aquilo que o meu ser sentiria

Não precisaria desejar

Porque te podia ter

Não precisaria relembrar

Porque me bastaria...

Deleitar-me no teu olhar.



E é nestes momentos

Menos bons da tua vida

Em que eu mais desejaria

Estar sempre ao teu lado

Poder dar-te um afago

Sussurrar-te ao ouvido

Dar-te a mão com muito amor

Compartilhando a tua dor

Velando-te a toda a hora

E apenas os nossos olhos

E o nosso coração

Saberem qual a razão

Para estares sorrindo!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Uma Páscoa Feliz!


Desejo que nesta Páscoa
Encontres o seu verdadeiro sentido
Que nela conheças a renovação
O amor, a compaixão
O alento e o perdão
A fragilidade e a ousadia
De um ser humano melhor
Sempre e em cada dia.

Que saibas estar bem e a ajudar
Aqueles que de ti precisam
Mesmo sem o mencionar
Que estejas bem vivo
Dentro do teu coração
E que em nenhum momento
Esqueças o perdão.

Que saibas ouvir a tua voz interior
Que saibas estar com algo superior
Que saibas escutar a voz da razão
E que sempre, mas sempre,
Fales e oiças o teu coração.

Que nesta Páscoa todos nós consigamos encontrar um motivo para sorrir!
FELIZ PÁSCOA


quinta-feira, 25 de março de 2010

Esta dor que sinto!

Esta dor que eu sinto
Esta dor que sempre está em mim
Esta dor que nunca passa
Esta dor que me acompanha
Noite e dia
Dia e noite
Esta vontade de ti!



Hoje estou triste… de novo.
Sinto falta de alguém… muita falta!
De alguém que me preenche,
Que me alimenta,
Que me dá vida.
Alguém muito importante para mim!
Mas, o seu coração não me pertence
A sua mente está distante
E eu penso porque isto me acontece
Porque tudo tem de ser assim?!

sábado, 20 de março de 2010

A alguém!


Ai como é bom
Sentir que também estás aí
Que ainda pensas em mim
Que ainda não esqueceste
Tudo aquilo que nos uniu.

Ai como é bom
Sentir que ainda faço parte
Mesmo que muito ínfima
Das tuas preocupações
Do teu sentir e respirar
Da tua força de viver.

Ai como é bom
Poder “ouvir-te” a dizer
Aquilo que te preocupa
Num momento de desilusão
Em que tudo o que querias
Era apenas poder ser…

Pai, marido, profissional
Mas também filho e amante
Excelente amigo e confidente
Que na vida já muito viveu
Apesar do sofrimento
Que o mundo já lhe deu.

Ai como é bom e te agradeço
O carinho que me deste
E o quanto feliz me fizeste
Quando de mim te aproximaste
E a tua mão me estendeste.

Ai como é bom… saber-te aí!

malice em 20/03/10

POESIA

Poesia é...
Sentir
deixar sair
amar
viver
tudo o que se quer dizer.

poesia é...
o fervilhar do meu coração
o bater do meu sentir
a melancolia do saber
e a força do expressar.

poesia é...
ir ao mais profundo do meu ser
poder sorrir e perceber
tudo aquilo que me rodeia
com outros olhos de ver

poesia é...
olhar o mundo de outra forma
senti-la sem lhe mexer
cheirá-la sem cheiro ter
saboreá-la docemente
quando tudo que tenho em mente
vem de dentro do coração

poesia é...
amar aquilo que se vê
que se tem e não se crê
sorrindo na imaginação
de uma profunda saudade
querendo afastar a maldade
e desejando cada vez mais
este mundo de emoção

poesia é...
sentir, amar, falar
desejar, cheirar, sorrir
saborear e tactear
entregar-se sem se entregar
num mundo surreal
de um profundo viver
onde nada é sobrenatural

poesia é...
tudo isto que eu sinto
quando de dentro de mim saltam
palavras e mais palavras
com as quais eu sempre pinto
um quadro de reflexão
sem que eu tenha a noção
pelo caminho que enveredam.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Malmequer, meu malmequer


Malmequer que de selvagem
Tens a alma e não a mente
Trazes toda a liberdade
Que te fica subjacente

Malmequer meu malmequer
Que me trazes tu afinal
Traz-me aquilo que eu perdi
E que sem ele estou tão mal

De selvagem apenas levas
O que os homens nunca te deram
A folhagem desmedida
Mas que dela nada esperam

Malmequer, bem me quer
Muito pouco tudo ou nada
Por favor volta de novo
Não te esqueças da minha chamada

Malmequer meu malmequer
Que em dias secos me sorriste
Traz-me o teu amor e volta
Não me deixes ficar triste

Flor bonita e selvagem
Que presa nunca viverá
Tens a força da verdade
E apenas ela te libertará

Malmequer meu malmequer
Por onde vais desde então
Volta de novo para mim
E segura-te a este chão

Malmequer meu malmequer
Que te espero ardentemente
Quando chegará a hora
De te poder ter presente

Malmequer, meu malmequer!

Tudo tomba à minha volta

Tombam astros na minha vida
Como se de uma constelação se tratasse
Tombam todos os motivos
Pelos quais eu sempre esperasse

Tombam pessoas e coisas
Tombam ventos e vendavais
Tomba tudo tudo tudo
E eu nem sei o que pode tombar mais

Tomba o forte e tomba o fraco
Tomba o amor e a amizade
Tomba a minha vida a cada instante
E também já tombou a minha vontade

Tomba eu e tombas tu
Que de mim te aproximas
Tomba o pobre e tomba o nu
Tomba tudo o que me destinas

Certo certo é eu ficar
Sem sequer o que tombar
Esta minha vida de mulher
Nada tem de aproveitar

Tombam os amigos e os amores
Tombam a minha missão nesta Terra
Tombam vasos tombam flores
Tomba tudo o que a vida me reserva

Tombo eu já sem força
De sequer pedir a mão
Tombas tu quando ma estendes
E tombo eu já sem perdão

E depois de tanto tombo
De que me serve continuar
A viver com estes tombos
Sem força para lutar?!

malice em 18/03/10

quarta-feira, 17 de março de 2010

Grito de desespero


Porquê meu Deus?
Porque sempre deixas que isto aconteça?
Porque não me dás a oportunidade de saber o que é a felicidade?
Porque, meu Deus, não me trazes aquilo de que eu tanto preciso
E continuas a enviar-me aquilo que apenas me vai fazer sofrer?
Porquê, meu Deus? Porquê?

Será que eu não o mereço?
Será que eu não tenho esse direito?
Será que eu sou assim tão horrível que apenas me reservas
A cada dia que passa mais e mais infelicidade?
Porquê, meu Deus? Porquê?

Preciso da tua ajuda
Preciso do teu auxílio
Preciso da tua bondade
E, por favor, tem caridade.

Ajuda-me a encontrar
Ajuda-me a conhecer
Ajuda-me a lutar
Por aquilo que me continua a esquecer.

Por favor, dá-me esse bem
Nem que seja por um momento
Traz-me aquele alguém
Que me tire deste sofrimento.

Já deixei de ter palavras
Já deixei de ter saúde
Já deixei de ter vontade
De por aqui continuar
Mas, por vezes, me pergunto
O que foi que fiz na vida
Para tal infortúnio ter
Para não poder sorrir
E nem saber o que é viver.

Já não consigo sequer ter força
Para continuar a rezar
A pedir e a rogar
Nem quase para chorar

O meu coração rebenta
A minha garganta aperta
Da minha cabeça não sai
Tudo aquilo que me atormenta.

Porquê, meu Deus, porquê?
Que ser humano merece
Tamanha desventura e dor
Tamanha tristeza e abatimento?!
Tu que és um Pai misericordioso
Não me podes deixar continuar
Neste horrivel sofrimento.

Faz-te acreditar por favor
Que um dia ainda serei
Aquele Teu filho feliz
Que para Te agradecer viverei

Dá-me coragem e força
Que elas já começam a faltar
Faz-me saber ainda
O valor do que é amar.

Por favor, meu Deus, me ajuda, por favor.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Um aviso especial

Por vezes Deus faz-nos passar pela frente pessoas e casos que nós jamais pensaríamos ver, conhecer e ouvir relatar.
Acho que foi isso que hoje mesmo me aconteceu. Acho que Deus, na sua infinita bondade quis que eu visse e ouvisse algo parecido com o que me poderia acontecer se eu não arrepiar caminho e continuar por uma estrada com muitas curvas e de difícil acesso!
Assim espero que Ele me ajude a desviar e a conseguir contornar o que só mal me poderá trazer, pois também estou crente de que as desvantagens serão bem mais que as vantagens.
Na realidade eu costumo dizer e pensar sempre… NADA ACONTECE POR ACASO, nada mesmo! A cada dia que passa eu vivo mais com essa certeza.

terça-feira, 9 de março de 2010

A vida me ensinou...


A vida me ensinou
De uma maneira sofrida
Que tudo o que por aqui vai
Nunca se compadece
De gente muito dorida

A vida me ensinou
Com grande dor por sinal
Que mesmo quem nos poderia
Sempre trazer ao de cima
Nos deixa ficar mais mal

A vida me ensinou
Que a dor que eu possa sentir
No abismo do meu coração
De nada interessa a quem
Me tanto poderia acudir

A vida me ensinou
Que a pessoa a quem nos damos
Pensando ser especial
Apenas brincou connosco
Sem imaginar como ficamos

A vida me ensinou
Da pior maneira possível
Que neste mundo nada existe

Que possa contribuir
Para uma vida mais exequível

A vida me ensinou
E continua a ensinar
Que nada nesta vida
Tem o valor desejável
De quem deseja amar

A vida me ensinou
Que amor não existe
Que quem ama não omite
Que quem deseja luta
E quem não luta, desiste

A vida me ensinou
A vivê-la em sofrimento
Em cada dia um fracasso
A cada dia sua tempestade
A cada dia novo desapontamento

A vida me ensinou
Que apenas alguns no mundo
Vêm para ter uma vida
Outros para a viver
E outros para a verem do fundo!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Dor


As horas continuam a passar

E continua a doer

A ausência

A dúvida

O que fazes

O que dizes

Com quem falas

Com quem conversas

A quem dedicas o teu tempo?


Mas tem de ser!

É preciso

Ficar

Assim

É melhor

Para ti, para mim

É o melhor para todos!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Vida sofrida



(esta foto é em homenagem a uma GRANDE AMIGA)

Tem dias
Em que o sol deixa de brilhar
Em que o tempo parece parar
Em que eu preferiria morrer
Para de novo voltar a nascer

Tem dias
Em que a esperança acaba
Em que tudo parece doer
Em que a vida deixa de ter sentido
E eu passo os dias a sofrer

Tem dias
Em que o meu limite não existe
Em que a vida nada me diz
Em que tudo se distancia
E eu que me sinto extremamente infeliz

Tem dias
Em que a morte seria
Um enorme escape á vida
Ou então poderia apenas ser
Um alto grau de cobardia

Tem dias
Em que quase não sinto
Não penso, não quero e nem desejo
Continuar a viver
Mas se tudo vai ser igual
De que adiantaria morrer?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Como me sinto!


Doente

Doente é como me sinto

Do corpo

Da alma

Do coração

Da vida



Penso

Penso em ti

Sinto saudade

De quem não a tem de mim



Vida

Que vida, esta que eu tenho

Que me atormenta

E me amargura

A toda a hora



Preciso

Preciso tanto de paz

De amor

De carinho

De mimo



Carente

Sim, carente

É como estou

É como me sinto



É a falta de atenção

A falta de um ombro

A falta de uma mão

A falta de ouvir

A tua voz a dizer meu nome

De sentir o teu cheiro

Que me atordoa e seduz

Que me dá ânimo

E me conduz

A um estado de felicidade

E estabilidade tal

Como se o mundo acabasse

Ali naquele momento

E nada mais importasse!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Triste e só!


Vazia…
Fixo o ecrã
Olhar vago
Distante
Não sei o que procuro
Não sei o que quero
Sinto-me só

Não vejo nada
Não ouço nada
Sinto…
Nada!
Por momentos…
É como se não existisse
É como se não vivesse
É como se não fosse gente
É como se morresse.

Apetece-me fugir
Apetece-me hibernar
Desta vida de… nada
Desta vida de agonia
Desta vida…desleixada

Por vezes penso e acho
Que triste é a minha sina
Que triste foi o meu destino
Aquele que me calhou nesta vida

Já nem escrevo consigo
A força parece fugir
Neste silencio da noite
Apenas se ouve a minha dor
E a minha vontade de desistir

Acho que vou dar tempo ao tempo
Para que ele me possa aconselhar
Se o melhor é mesmo vir embora
Ou ainda por cá continuar
Ainda que apenas a vaguear.

Triste…
Triste e só estou
Triste e só me encontro
Triste e só caminho
E com esta dor me confronto

Triste e só… sempre
Ainda que no meio da multidão
E com as máscaras do leão!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

E o tempo também chorou!


De repente
O mundo caiu-me aos pés
De repente
Veio uma vontade enorme de chorar
De repente
Senti-me sem chão
E uma vontade enorme de te abraçar!

De repente
Faltou-me tudo
De repente
O céu escureceu
De repente
O meu coração apertou
E uma saudade bateu!

De repente
Sinto-me sozinha no meio do nada
De repente
Parece que o céu desabou
De repente
O meu mundo se desvaneceu
E tudo por entre os dedos me escapou!

De repente
Sinto-me vazia
De sentimentos e emoções
Sinto-me a naufragar
Num mar de desilusões

De repente
Sinto-me triste e só
Perdida no meio do nada
Completamente vazia
E completamente destroçada.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

De novo!


Sinto-me adormecida

Por dentro de mim

Sinto-me perdida

No meio do nada

Sinto-me distante

Não sei do quê

Sinto-me só

Sem saber porquê.





Sinto que algo

Em mim se quebrou

Sinto que a vida

Em mim se fechou

Sinto que a dor

A mim regressou

Mas há que fazer algo

Para a vida que assolou.





Quero de novo

Voltar a sorrir

Quero voltar de novo

Não ter de fingir

Que estou bem

Sem ter de agir

Sem ter de continuar

Sempre a mentir.





A cada hora que passa

A minha vida volta

A ir por aquela via

Que parecia tão torta

Não quero isto deixar

Que volte a acontecer

Mas então para isso

Algo vou ter de fazer.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

E se de repente...


E… se de repente, no meio de uma loja
Eu me virasse para a minha piolha
E lhe oferecesse uma prenda…
Isso era… um IPOD

E se de repente ela me saltasse nos braços
Me apertando e olhasse nos olhos dizendo
És a melhor mamã do mundo
Isso era… FELICIDADE

Pois é… a minha princesinha fez 14 aninhos
E nada esperava como prenda
Mas, sem que ela imaginasse
Foi levada por engano
Até algo que sonhasse

E como que por encanto
E como que por magia
O tão desejado apareceu
Tal qual uma fantasia

Era vê-la bem feliz
Só faltou rir e cantar
Então deitou-se no meu ombro
Parecendo ir chorar

Chorar de carinho e alegria
Chorar de amor e gratidão
Mas para a felicidade ser completa
Faltava-lhe a presença do irmão!

E choramingou… e choramingou… e choramingou… e disse:
“O Tiago não diz nada!!!...
E o Nuno vai levar uma estalada!”

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O Outono da minha vida


Provavelmente iniciar-se-á hoje uma nova fase da minha vida, vida essa que tentarei que corra da melhor forma e se, por algum motivo, eu vier um dia a “ir abaixo” espero de imediato conseguir “levantar-me” pois a caminhada irá ser íngreme e, com certeza, de difícil acesso.

Acima de tudo gostaria poder fazê-lo de cabeça levantada e, de preferência, sem olhar muito atrás, embora reconheça a dificuldade que daí vai vir!

Ao longo de vários meses tenho tentado caminhar, mesmo, por vezes, sentindo algo a puxar-me para atrás e a dizer-me ao ouvido “Não pode ser assim… a vida não é isto!”. Mas será que não é mesmo?! Será que não tenho sido um pouco ingénua e crédula demais quando sonhava ainda com a tal felicidade que eu sentia nunca ter tido?! Será que viver não é, também, aceitar aquilo que temos e tentando usufrui-lo da melhor maneira possível?!

É certo que, principalmente enquanto somos novos, desejamos sempre mais e mais da vida, mas hoje reconheço o quanto enganada estava quando achava que alguma coisa poderia mudar!!! O quanto era ingénua, inocente e, até burra, quando acreditava ou queria acreditar que a vida, um dia, iria mudar para mim!!! Hoje reconheço que a não vivi da melhor maneira que, provavelmente, não terei feito as melhores escolhas, mas… com certeza eram aquelas que eu precisava ter vivenciado para aprender a ler nas entrelinhas da vida, nas fases ocultas da vida.

E aqui estou eu a penitenciar-me por tudo aquilo que fiz, por tudo aquilo em que acreditei e, que, como magia, se desvaneceu, se modificou em relação ao que eu ainda pretendia “viver” nesta vida.

Facto é, na verdade, que no Outono da vida (e eu sinto que já lá estou há algum tempo) se inicia uma nova era na vida do ser humano, uma fase de quase espera pelo que o tempo passe e ande, sem conflitos, sem guerras, sem grandes catástrofes humanas, físicas ou sociais, sem grandes dores, sem grandes movimentos repentinos, mas apenas passe, nos deixando aquela sensação de paz e harmonia com o mundo. Esta é a minha esperança pois que ao ter atingido quase meio século de vida é tempo de repensar e com calma tentar usufruir o pouco que se tenha semeado; e aí está: quem fez uma boa sementeira terá uma boa colheita, quem como eu se resignou a semear alguma coisa, colherá o proporcional ao semeado.

Esta é, para mim, a simples razão de “uns terem tudo e outros nada ou muito pouco”!


Sendo assim e porque eu acho ter chegado a essa fase da vida…

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A minha dor escondida...

QUE BOM DEVE SER... SER AMADA PELA PESSOA QUE SE AMA!!!
Se há algo que mexa comigo, é sem dúvida, a ternura, o amor, o carinho e a cumplicidade que une um casal, quer seja um casal hetero ou homossexual, o que importa mesmo é aquilo que liga essas duas pessoas!
Sem dúvida alguma esse é o meu “calcanhar de Aquiles”, o meu trama desta vida, a minha frustração, a minha grande dor!
Acho que já posso falar abertamente desta mágoa pois que a minha idade e o tempo já não me deixarão realizar nada que pudesse superar essa melancolia.
Então, porque não falar abertamente desta dor?
Porque não falar abertamente desta minha frustração?
Porque não assumir que passei esta vida quase em vão?
Porque não admitir que nunca nada disto tive?!
Hoje resolvi virar a mesa e… deitar para fora… esta dor de que muita gente suspeitava, mas pouca gente saberia.
Pois é… esta sempre foi, é e será a dor que toda a vida senti, tive e vivi… a dor de nunca me ter sentido, na realidade, amada, na verdadeira acepção da palavra.

Malice em 14/01/2010

sábado, 9 de janeiro de 2010

Tudo segue o seu caminho!


Porque será
Que nos momentos mais felizes
Alguém tem de aparecer para os estragar?!

Porque será
Que naqueles dias em que a nossa alma ri de felicidade
Alguém vem para estragar essa magia?!

Porque será
Que quando consigo sonhar
Alguém vem para me obrigar a voltar à realidade?!

Porque será
Que quando o meu coração parece estar em paz
Alguém surge apenas para lha retirar?!

Será dívida ou casmurrice
Será engano ou doidice
De alguém que não me consegue ver
De olhar feliz e a rejuvenescer?!

Será karma ou vontade
Teimosia ou insanidade
Para em tristeza continuar
E viver sem vontade de lutar?!


Por vezes chego a ter medo
De tudo o que me rodeia
Que me controla e sujeita
À vida que me falseia

Quero acreditar que ainda vou
Conseguir tudo suportar
Para uma vida bem melhor
E acima de tudo me aconchegar

Aconchegar alma e espírito
Mente e coração
Corpo e vontade
E viver numa doce emoção!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Agradecer aos meus anjos.

Sinto-me feliz
Por dentro
Sinto-me bem
Em paz com a vida
Com o mundo
Tranquila
Apetece-me
Fechar os olhos
Sorrir para o mundo
Agradecer aos meus anjos
Que por mim intercederam
Para que ao meu coração
Voltasse a tranquilidade
E um sorriso do tamanho do mundo
Mas que não se verá
Apenas se sentirá!!!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Angústia... será?!


Hoje sinto-me preocupada
Um pouco triste até
Sem vontade de dormir
E com uma pequena lágrima
Que teima em descer
Pela cara abaixo

Penso, reflito
Tento descobrir o porquê
Desta sensação
Desta dor no peito
Desta tristeza
Logo agora que tinha decidido
Deixar correr
Deixar voar
Deixar andar
Deixar o tempo trabalhar

Sim, para mim
O tempo também trabalha
Em nós
Nas nossas mágoas
Nas nossas dores
Nas nossas vidas
Deixa correr e verás
Como o tempo trabalha

Pode trabalhar devagar
Bem mais devagarinho
Do que nós quereríamos
Do que nós desejaríamos
Mas trabalha… e bem!

Mas hoje
Estou num daqueles dias
Em que nem o tempo
Nem a vida
Nem os amigos, amigas
(Será que os, as tenho?)

Hoje ponho tudo em duvida
De novo
De vez em quando é assim
Só espero mesmo é que passe
E eu volte a ter mão em mim

Aproximam-se tempos aflitos
Decerto tudo passará
E quando olhar para trás
Apenas terá ficado
Aquela dor de barriga
Que hoje me incomoda e agita
Mas que logo esquecerá

Então se eu sei tudo isto
Porque não me consigo acalmar
Deitando para trás das costas
Esta dor que me corrói
Que me angustia e destrói?!

Queria conseguir acalmar-me
E saber que tudo vai
Correr pelo melhor
E sem pensar no que me dói
Mas algo mais forte que eu
Me fragiliza a todo o momento
E me deixa muito prostrada
E em grande desalento

E se eu conseguisse ter
O tal pensamento positivo
Que todos nós desejamos
Decerto bem melhor ficaria
E o meu mundo tornaria
Bem mais feliz
Do que aquele em que estamos!

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